Com o objetivo de explorar o potencial educacional das tecnologias digitais de rede e promover um processo de inclusão digital crítico e criativo, possibilitando a leitura e escrita do mundo, o Espaço Kelix de Inclusão Digital realiza oficinas semanais no Largo da Literatura – Praça Armando Sbeghen. O projeto está ligado ao Grupo de Estudo e Pesquisa em Inclusão Digital e ao projeto de extensão Mutirão pela Inclusão Digital, sendo uma parceria entre a Universidade de Passo Fundo (UPF), a Prefeitura Municipal e a Junior Chember International – JCI.
Aos participantes das 20h de curso, divididas em cinco oficinas, são passadas noções de como utilizar o computador, a internet, o e-mail e as mídias sociais. As oficinas, que tiveram início no final do segundo semestre de 2010, acontecem semanalmente durante todo o ano e as inscrições podem ser feitas no próprio local. O projeto conta com apoio financeiro do Edital MCT/SETEC/CNPq nº 67/2008- RHAE – Pesquisador na Empresa.
A ideia é que diferentes usuários, de distintas esferas da sociedade, possam se apropriar do potencial das tecnologias, priorizando a rede socioassistencial de Passo Fundo e região, conforme critérios estabelecidos pela Lei Orgânica da Assistência Social. A disseminação da utilização de software livre e das redes de informação também é um dos focos do Espaço Kelix de Inclusão Digital, por meio da utilização de computadores com suporte tecnológico do Kelix (kelix.upf.br) e propondo atividades realizadas na web. Este ano já foram atendidas 85 pessoas no Espaço Kelix, cujas idades variam de 8 a 77 anos.
A equipe que atua no Largo da Literatura é interdisciplinar, envolvendo acadêmicos dos curso de Pedagogia, do Serviço Social, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Sistemas para a Internet, Ciência da Computação, além de um professor da universidade para a qualificação das atividades. Outro aluno do projeto, de 15 anos, Cauã Machado, recomenda o curso e os professores. “É muito bom, os professores são bem humorados, ensinam bem. Se alguém me perguntar sobre o curso, eu digo que tem que vir, porque é muito legal”, enfatizou.
A iniciativa visa a ampliação das ações do projeto Mutirão pela Inclusão Digital (mutirao.upf.br), uma vez que até então todas as atividades eram realizadas no interior da UPF, assim como dos serviços oferecidos no Largo da Literatura. Segundo a estagiária de Pedagogia Magali Ziger, monitora das oficinas, o projeto vem dando bons resultados junto à população. “É fascinante ver as mesmas pessoas que ao iniciar o curso relatam ter receio de utilizar o computador e a internet, dizer ao final do mesmo que agora não tem mais medo, que aprenderam a utilizar essa importante ferramenta no seu dia-a-dia”, conta.
O projeto deve ser replicado junto aos demais largos da literatura a serem instalados na cidade de Passo Fundo. Para tanto, o coordenador da iniciativa, professor Adriano Teixeira, salienta a importância da construção de parcerias com a comunidade e com o setor privado. “Assim podemos viabilizar a mesma infraestrutura tecnológica e de recursos humanos em outros pontos da cidade e, a partir disto, fazer diferença na vida de mais passo-fundenses”, explica.